"Ama Teu Próximo como a Ti Mesmo" Por Lucy Queirós
O amor não é algo que devemos sentir por uma só pessoa. É um sentimento amplo, orientado pela alma, que determina a relação de alguém para com o mundo, o todo, e não para uma “parte”.

Para se deixar ser tomado por esse amor, é preciso que ele invada a sua alma. Com isso, percebemos a nossa verdadeira identidade e fraternidade. Um "eu te amo" pode soar de diferentes maneiras, a depender da sinceridade do seu coração e da profundidade com que ele é pronunciado. E, como num maravilhoso concerto, esse "eu te amo" alcança o coração, com a mesma sinceridade, de quem as ouve. E esse ouvinte saberá o valor das palavras vindas do coração.
O amor fraterno é amor entre iguais e desiguais. Por sermos humanos, necessitamos sempre de ajuda. Hoje eu, amanhã você. Essa necessidade de ajuda, todavia, não significa que um seja desamparado e o outro poderoso. O desamparo é uma condição transitória, permanente e comum é a capacidade de erguer-se e caminhar pelos próprios pés.
Contudo, o amor ao desamparado, o amor ao pobre e ao estranho é o começo do amor fraterno. Amar a própria carne e o sangue de alguém não é a completa realização. O animal ama suas crias e cuida delas. O desamparado ama seu protetor, pois sua vida depende dele. O filho ama os pais, pois precisa deles. Só no amor aos que não servem a uma finalidade é que começa a ser despertado o verdadeiro amor da alma.
Tendo compaixão, o ser humano começa a desenvolver o amor pelo seu irmão, e em seu amor por si mesmo, amará também o Todo, inclusive os Animais.